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Ricardo Bravo - Photographer
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Cronologia de um Sonho

“Em Portugal um livro de fotografia não vende e um bom livro é um livro que vende”.  A frase ouvida há quase uma década durante a reunião de apresentação de um projecto a uma editora, ficou-me na memória. Claro que se trata do ponto de vista de alguém que tem de gerir as contas de uma empresa, pagar ordenados e não se deixar levar pelos líricos de serviço. Orgulhosamente lírico e não concordando com a premissa, segui o meu caminho até encontrar conjuntura mais favorável, como uma sucessão de problemas de saúde, a incontornável pandemia, a empresa à beira da falência e um plano b arruinado. Se perante este cenário, eu não visse um sinal inequívoco para pegar em sonhos dispendiosos e condenados ao fracasso financeiro por quem sabe do assunto, tinha que estar muito distraído.

 Voltando um pouco atrás, corria o Verão de 2020 quando um amigo me ligou para falar da sua nova actividade numa pequena editora vocacionada para edições de autor. Fiquei interessado no modelo de negócio - uma margem simpática para o autor e muita liberdade criativa - mas, há sempre um mas, era preciso arranjar forma de financiar a produção do livro. Deixei a ideia marinar por uns tempos, até que um neurónio mais saído da caixa apontou para a estrada do “crowdfunding”. Como funciona? Será que resulta? Casos de sucesso, alguém sabe? Perguntei eu por aí e as respostas chegaram a bom ritmo e com valiosos conselhos associados. Foi assim que cheguei à plataforma PPL, nascida e criada em Portugal para gerir projectos de crowdfunding e uma referência de eficiência e profissionalismo, que se revelou a companhia certa para continuar a avançar com o meu momento de loucura.

Com o plano de negócios devidamente rabiscado em pedaços de papel e reunida a equipa disposta a embarcar num avião sem gasolina, descobri que precisava de uma pequena fortuna (considerando o cenário já descrito anteriormente).  Entre família, amigos, conhecidos e muitos ilustres desconhecidos que se dispuseram a comprar um livro antes de existir, ultrapassei rapidamente o valor necessário e de uns ousados (para o mercado português) 200 livros inicialmente previstos, acabei por chegar aos 550 livros!  O sonho comanda a vida e tal, mas como se sabe, há pedras no caminho. Neste caso um calhau de dimensões madeirenses aterrou-me no browser: o valor angariado em crowdfunding e transferido pela PPL para a minha conta bancária e de seguida para a da editora, andava perdido no ciberespaço. Como assim? Assim: saiu da minha conta mas nada de chegar à da editora. Foram alguns dias neste limbo impróprio mesmo para vegans imortais, até que por obra e graça de Neptuno (só pode), o valor transferido regressou à minha conta. Como a relação com a editora já acumulava mais problemas do que um pulôver low cost exibe borbotos, decidi que era o momento certo para alterar a rota: estava na hora de seguir sozinho! Uma decisão corajosa mas que me deixava com dois pequenos problemas em mãos: não tinha editora nem gráfica onde imprimir o livro. Parecendo complicado, foi apenas complexo: entrei em modo edição de autor e a partir daqui “só” precisava de conseguir uma boa gráfica que estivesse disposta a imprimir os tais 550 livros em uma semana e meia em pleno mês de Dezembro. Isto é mais ou menos o mesmo que decidir comprar um peluche XL numa grande superfície no dia 23 de Dezembro à noite. Been there, done that, terreno familiar portanto. 

Diz-se que se tivermos um amigo advogado e outro médico estamos safos na vida. Acrescente-se um designer e aí sim estamos seguros. Meia dúzia de telefonemas para amigos dedicados a salvar vidas em cima da hora (não estou a falar de médicos), outras tantas sugestões e emails e em 24 horas tinha a gráfica Jorge Fernandes pronta para arrancar a tempo de todos os apoiantes do projecto receberem os seus livros antes do Natal. Acrescente-se uns percalços de última hora, uma directa a acompanhar a impressão do livro, uma semana de loucura a tratar de envios via correio nacional, internacional e em mãos e o sonho concretizou-se sem demasiados ansiolíticos. Mas acabou aqui? Claro que não.

Passados uns meses, com o stock de livros quase a zeros, começo a repensar: tudo começou com um livro que não se ia vender e foi afinal um sucesso, então porque não prosseguir caminho com uma segunda edição? E que melhor parceiro poderia eu encontrar, do que a Câmara Municipal da Nazaré e o seu Presidente Walter Chicharro, fã incondicional do surf de ondas grandes e conhecedor como ninguém do potencial económico do fenómeno natural do Canhão da Nazaré? Não podia e nem sequer procurei. A ideia de associar a marca “Nazaré” a um livro que se enquadra perfeitamente na estratégia do município de promoção do fenómeno de ondas grandes a nível nacional e internacional, foi recebida com entusiasmo e a parceria avançou, culminando com o regresso à gráfica - e malabarismos de última hora associados - para a produção de mais 700 exemplares!

O livro “Nazaré” está agora disponível nas seguintes lojas físicas e online:

 Lojas Praia do Norte Nazaré

 Colorfoto 

 Fnac 

Lojas Surfers Lab Peniche e Sagres

 Lojas Quiksilver Boardriders Ericeira e Carcavelos

 

PS: Um ano e meio passado do início desta aventura, fica mais um sentido obrigado a todos os que apoiaram este sonho possibilitando a sua concretização e abrindo caminho para outros. 

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tags: nazaré, livro, Print
categories: Book
Tuesday 12.21.21
Posted by Ricardo Bravo
 

The (Fine)Print is Just Fine

À sentença final ditada por tantos na frase “The print is dead” veio a resposta dos saudosistas e inconformados, com um contundente hashtag #printisnotdead que conta, à data de hoje, com um expressivos 319.000 posts no Instagram. Pena que sejam isso mesmo, posts, em vez de prints. #ironias.

Saindo do social virtual para o real, passaram uns bons anos desde que o “print” teve morte anunciada, quando jornais a revistas desataram a fechar portas, incapazes de acompanhar o ritmo do online e das notícias ao segundo e de traduzirem em vendas o que seria (e é) a sua mais valia: o tempo para digerir as notícias, confirmar fontes e assegurar conteúdos de qualidade. Ao mesmo tempo, o outro “print”, o que se refere aos laboratórios de revelação e impressão de fotografias (para decoração, exposições, etc) também não tinha a vida facilitada pelos avanços da tecnologia: com a evolução da fotografia digital e das impressoras caseiras, o negócio de revelação de rolos praticamente desapareceu e o da impressão das fotografias parecia fazer cada vez menos sentido: “se posso ter uma impressora de qualidade em casa, para que é que vou gastar tempo e dinheiro a contratar os serviços de um laboratório?” num magnífico paralelismo com a pergunta que tantos fotógrafos adoram ouvir: “para quê contratar um fotógrafo, se tenho um iPhone que tira fotografias incríveis?”.

Perguntas como estas, respondem-se com trabalho de qualidade, a dose certa de coragem, resiliência e, já agora, persistência, qualidades que nunca faltaram ao Nuno, nem à sua família e equipa (estas batalhas não se ganham em viagens solitárias), parte integrante de um percurso de duas décadas de sucesso do Fineprint, celebrado agora numa exposição que reune trabalhos de 21 artistas, todos visitas regulares deste lugar tão especial, onde diariamente se trabalha com um rigor e qualidade inquestionáveis. Aqui preparam-se imagens (impressão, emolduramento, montagem) para oferecer numa data especial, para aplicar nas paredes cá de casa e para tantas outras casas e empresas, onde eu e tantos outros temos o privilégio de ver as nossas fotografias encontrarem um novo lar. No Fineprint nascem obras de arte para uma exposição na Gulbenkian, para a Arco Lisboa ou Madrid (por supuesto) e soube outro dia, entre duas garfadas de arroz de lingueirão, até para o Pompidou. Magnifique!

Se eu podia imprimir fotografias no meu estúdio? Claro que podia e confesso que é tentador. Mas sendo um info-excluído de elite no que toca a impressoras, poupo-me a um burnout à conta de lutar com folhas encravadas, impressoras que desaparecem na rede e tinteiros anoréticos. A qualidade final do trabalho também não é, evidentemente, a mesma e a que procuro é só a melhor possível. O preço? Já lá vai o tempo em que a diferença no custo de impressão compensava as (minhas) peripécias de imprimir em casa. Mas ir ao Fineprint, é deixar a frieza dos números para trás e ter a certeza que naquela casa ouvem e sonham também com as nossas ideias, que é sempre possível fazer melhor e que quando tudo parece correr mal - na véspera de inauguração de uma exposição, claro - o Nuno vai resolver.
Muitos parabéns Fineprint, venham mais 20!

Exposição patente até 15 de Novembro na galeria A Homem Mau, na Rua Gonçalves Crespo, 6C, de segunda a sexta, das 10 às 19h.

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tags: fotografia, Exposição, Print, Fineprint
categories: Exhibition, Exposição
Sunday 09.20.20
Posted by Ricardo Bravo
 

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